As operações portuárias envolvem áreas amplas, movimentação pesada e múltiplos modais. Nesse cenário complexo, a convivência entre pessoas a pé e máquinas móveis representa um risco crítico e ainda subestimado. Segundo o Observatório Nacional de Segurança Portuária, 28% dos acidentes graves registrados em terminais brasileiros envolvem colisões entre equipamentos e trabalhadores.
Esse tipo de acidente não acontece por acaso. Ele é resultado direto de uma falha previsível: a ausência de controle técnico entre máquinas e pessoas em zonas de risco. E quando o risco é previsível, ele também é prevenível.
A NR-29, norma que regulamenta a segurança no trabalho portuário, trata esse ponto com objetividade. No item 29.5.6.5, exige-se a adoção de medidas técnicas eficazes para impedir o contato entre trabalhadores e equipamentos móveis. Não se trata apenas de orientar ou treinar. A norma é clara: o risco precisa ser tecnicamente controlado.
A negligência nesse ponto pode gerar consequências graves. Além dos danos humanos, a empresa pode ser responsabilizada judicialmente, com multas, ações trabalhistas e, em casos mais graves, interdição de operações.
Mesmo em terminais modernos, é comum encontrar áreas onde pedestres dividem espaço com reach stackers, caminhões, empilhadeiras e guindastes móveis. Muitos portos já adotaram caminhos seguros e zonas restritas bem demarcadas, o que representa um avanço importante. No entanto, na prática, existem trechos inevitáveis em que trabalhadores e máquinas compartilham a mesma área de operação — seja para acesso a cabines, checagem de cargas ou movimentações em pátios apertados.
Essas áreas de cruzamento representam os pontos mais críticos da operação. E é justamente nelas que o risco de colisão aumenta, especialmente quando o operador não tem visibilidade total ou quando o pedestre desvia da rota segura.
Quando o risco não é detectado a tempo, o acidente deixa de ser um imprevisto e se torna uma falha previsível. É o que chamamos de falha latente: o risco está presente o tempo todo, mas só se manifesta quando é tarde demais.
Para eliminar esse tipo de falha, a K2on desenvolveu o LocalTAG, um sistema de segurança por detecção e alerta de proximidade entre pessoas e máquinas. Ele foi projetado especialmente para ambientes industriais, logísticos e portuários, onde o tráfego misto é inevitável.
Ao detectar um pedestre em zona de risco, o sistema emite alertas visuais e sonoros em tempo real tanto para o operador quanto para o pedestre.
Além disso, o LocalTAG registra todos os eventos de aproximação, criando uma base de dados que permite auditar a operação e comprovar conformidade com as normas (como NR-29, NR-11 e NR-12).
Empresas que implementaram o sistema em terminais portuários reduziram a quase zero os incidentes por atropelamento ou esmagamento. Mais do que evitar acidentes, o LocalTAG demonstra tecnicamente que a empresa está em conformidade legal, o que é decisivo em auditorias, fiscalizações e perícias judiciais.
Atender à NR-29 é só o ponto de partida. Ao adotar o LocalTAG, sua operação ganha mais do que conformidade: ganha tempo, previsibilidade, segurança e vantagem competitiva.
Porque em um setor onde segundos importam e erros custam caro, ter controle total sobre o que acontece em campo é o que diferencia uma operação reativa de uma operação verdadeiramente inteligente.